PROCURANDO O CAMINHO

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Paraguai

Jogo 60 - Quartas-de-Final - 03 JulhoÁrbitro Carlos BATRES (GUA) Johanesburgo - Estádio Ellis Park 
Dois estilos e o mesmo sonho

Um idioma, mas duas formas diferentes de ver o futebol. O Paraguai, que fez da força defensiva uma das suas características fundamentais, e a Espanha, que se gaba de ter um estilo criativo e ofensivo, se enfrentam por uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, em um jogo em que ambas as seleções pretendem fazer história. Apesar de chegar às quartas já ter sido um feito enorme para os paraguaios, eles querem ir ainda mais longe. Por sua vez, a Espanha joga a quinta partida de um Mundial pela quinta vez. Esta vem sendo até hoje a barreira psicológica para o país, mas a geração campeã da Euro 2008 está mais do que disposta a superá-la.
O jogo

Paraguai x Espanha, quartas de final, Johanesburgo, Estádio Ellis Park, sábado, 3 de junho, 20h30 (15h30 em Brasília, 19h30 em Lisboa)

Esta é a quarta vez em que as duas seleções se enfrentam, e o retrospecto é bastante equilibrado. Além de um empate em 0 a 0 em um amistoso em 2002, houve dois encontros em Copas do Mundo da FIFA: outra igualdade sem gols na França 1998 e uma vitória espanhola por 3 a 1 na Coreia do Sul/Japão 2002.
Espanha não perde para um selecionado sul-americano no Mundial desde 1986, mas, depois do susto contra a Suíça, que mandou pelos ares qualquer estatística, os espanhóis não confiam mais em nenhum número. O técnico Vicente del Bosque conta com todos os titulares em plenas condições de jogo e não pensa em mudar o esquema tático nem os jogadores, que responderam bem nos duelos anteriores — principalmente na segunda etapa da partida das oitavas, em que o grupo recuperou o brilho e o seu perigoso toque de bola.
A velocidade na movimentação da bola e a qualidade dos jogadores espanhóis são os dois aspectos para os quais o treinador do Paraguai, Gerardo Martino, pediu atenção redobrada aos seus comandados. Os sul-americanos garantem que não jogarão na defesa e tentarão pressionar principalmente no meio de campo, para tentarem fechar os espaços onde Andrés Iniesta e Xavi Hernández podem fazer a diferença.
A dúvida fica por conta do meio-campista Aureliano Torres. Outra preocupação do selecionado alvirrubro é o cansaço, principalmente depois de o grupo precisar de uma prorrogação e da decisão por pênaltis para passar das oitavas.
O duelo

Defesa x Ataque
A defesa paraguaia é, junto com a uruguaia, a que menos sofreu gols entre todas as seleções que ainda estão no páreo. O goleiro Justo Villar só precisou buscar a bola no fundo da rede uma única vez — contra a Itália, na estreia. Na partida das quartas de final, ele terá a sua prova de fogo contra o melhor ataque da África do Sul 2010 em número de chances de gol — mas não em gols, já que a Espanha tem errado demais na finalização. Mesmo assim, David Villa está em ótima fase e é um dos artilheiros da competição, com quatro gols (ao lado de Gonzalo Higuaín e Robert Vittek). O desafio está lançado.
O número

3 — Sempre que o Paraguai passou da fase de grupos em uma Copa do Mundo da FIFA, acabou eliminado por uma seleção europeia nas oitavas. No México 1986, os alvirrubros caíram por 3 a 0 diante da Inglaterra. Na França 1998, foram os anfitriões que os desclassificaram, com um triunfo por 1 a 0. O mesmo resultado se repetiu diante da Alemanha, em 2002.

O que eles disseram

"Eles têm jogadores que desequilibram, principalmente no meio de campo, onde não podemos dar espaço. Com determinação, tiraremos o cansaço da nossa cabeça, porque o grupo está ansioso para jogar esta partida. Estamos fazendo um grande trabalho, mas podemos mostrar ainda mais. Os melhores jogos que fizemos foram contra seleções tradicionais." Nelson Valdez, atacante paraguaio
"O Paraguai é uma seleção do mesmo estilo do Chile, contra quem sofremos. Por isso, seria uma bobagem subestimarmos o nosso próximo adversário. O excesso de confiança não me preocupa, porque dentro do elenco não existe essa sensação. Respeitamos muito os paraguaios, que fizeram até o momento uma grande campanha no grupo e também passaram por uma forte seleção japonesa." Vicente del Bosque, técnico espanhol

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