PROCURANDO O CAMINHO

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Holanda X Brasil

Brasileiros e holandeses já nem se surpreendem mais pelo fato de avançarem de forma invicta. Com a liderança de seus grupos na primeira fase na África do Sul 2010, os dois têm feito jus à condição de favoritos que ganharam desde suas campanhas excelentes nas eliminatórias continentais. Nesta sexta-feira, porém, um dos dois voltará para casa antes das semifinais.
O jogo

Holanda x Brasil, Quartas de final, Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth – sexta-feira, 2 de julho, 16h locais (11h de Brasília)
Considerados favoritos antes do início da Copa do Mundo da FIFA por causa de suas campanhas excelentes nas eliminatórias, Brasil e Holanda garantiram vaga nas oitavas de final com uma rodada de antecedência, lideraram seus grupos com relativa tranquilidade e vêm de boas vitórias no primeiro duelo eliminatório: enquanto os holandeses tiveram dificuldade para bater a surpreendente Eslováquia por 2 a 1, a Seleção passou pelo Chile como quis ao fazer 3 a 0.
Brasil e Holanda não são adversários dos mais recorrentes, mas têm tradição de se encontrarem em ocasiões decisivas. Nas três vezes em que se enfrentaram em Copas do Mundo, uma das duas equipes saiu eliminada: em 1974, a Laranja Mecânica de Johan Cruyff fez 2 a 0 e mandou o então campeão mundial Brasil de volta para casa; já nas edições de 1994 e 98, foram os brasileiros que levaram a melhor, respectivamente nas quartas de final e semifinais.
Famosos historicamente por seu futebol ofensivo, flertando às vezes até com a irresponsabilidade, tanto brasileiros quanto holandeses hoje têm outra cara. A mesma cara: de uma equipe sólida, com habilidade e velocidade na frente, mas que prefere esperar pela ação do adversário para usar essa arma nos contra-ataques. O duelo, além de ser decidido no talento de gente como Kaká, Arjen Robben, Dirk Kuyt e Robin Van Persie, promete entrar na esfera tática de Dunga e Bert Van Marwijk.

O duelo

Arjen Robben x Kaká
Tanto holandeses quanto brasileiros chegaram à África do Sul preocupados com relação à saúde de seus principais ídolos: enquanto Robben se lesionou num amistoso de preparação diante da Hungria, Kaká vinha sentindo problemas no púbis ao longo de toda sua temporada no Real Madrid – justamente o clube que Robben deixou para se juntar ao Bayern de Munique. Uma vez começada a Copa, porém, os dois embalaram: o brasileiro já deu três assistências em três jogos, enquanto Robben jogou sua primeira partida como titular nas oitavas de final diante da Eslováquia e não decepcionou, marcando o gol que abriu o placar.
O número

33 — É o número a que se chega ao se somarem as séries invictas das duas equipes. Os holandeses não perdem há 23 jogos, desde um amistoso diante da Austrália num longínquo setembro de 2009. Já o Brasil soma dez partidas invicto, desde 11 de outubro de 2009, quando perdeu para a Bolívia em La Paz – quando a equipe já estava classificada e jogou com uma equipe mista.
O que eles disseram

"Enfrentar o Brasil é um tremendo desafio para nós, mas seguimos concentrados em conquistar nosso objetivo, que é o titulo mundial. Os brasileiros têm uma equipe madura e sólida, que transmite uma forma positiva de arrogância, um ar de que é imbatível. Pela primeira vez, a Holanda não sai como favorita numa partida”

Bert Van Marwijk, técnico da Holanda
“É difícil que Brasil e Holanda joguem atrás. A Holanda tem um jeito de jogar mais ou menos como o nosso: um time que busca o jogo. As partidas de quartas de final são sempre muito estudadas, às vezes até presas.” Vamos tentar marcar um gol no primeiro tempo, para jogarmos mais soltos.”

Juan, zagueiro do Brasil

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