PROCURANDO O CAMINHO

sábado, 1 de maio de 2010

Gaivotas

GAIVOTAS(Antonio Marcos)

Eu quando saio pelo mar a fora,
faço de conta que já vou me embora;
mas apenas fico nas mentiras
que marcam por momentos desventuras.
Tantas gaivotas rodeando o barco,
como crianças rodeando adultos.
Gaivotas e crianças se misturam
e fazem do meu barco a minha cama.
Meu corpo balança sobre as águas
e o olhar se afoga no meu pranto,´
é que eu bem distante, lá da terra,
não compreendo gente que maltrata e erra.

Minhas mágoas, tantas frustações,
eu vou deixar neste mar, quando anoitecer.
E lá em casa, ninguém vai saber
quando eu chegar, vou subir e adormecer.
Quando eu paro o barco em águas mansas,
olho de repente pras alturas
e percebo em meio a nuvem branca
uma gaivota calma e solitária;
Ela deve estar olhando o mundo
e tomando conta das pessoas.
Esta gaivota é importante,
é pena que ela fique tão distante.
Eu perdido em tantos pensamentos
me pergunto as vezes se ela sabe,
que o amor se perde por dinheiro
e o homem se destrói no mundo inteiro.
Mas lá em casa, ninguém vai saber
quando eu chegar vou subir
e adormecer...

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...