PROCURANDO O CAMINHO

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ao Mestre com carinho e respeito

Seguramente, neste 29 de março o jornalismo brasileiro amanheceu mais pobre. o "mestre" Armando Nogueira foi para o andar de cima. Armando era o poeta do jornalismo. O mágico das palavras. Conhecí Armando, quando estava iniciando uma carreira de repórter na TV Verdes Mares, filiada da Rede Globo em Fortaleza, e êle era o todo poderoso do jornalismo do Jardim Botânico. Enviado fui para uma espécie de estágio de 30 dias, na Globo e a chefia de reportagem levou-me uma única vez a sua sala. Minhas pernas tremiam. Com toda sua grandeza e humildade, pois só os humildes são realmente grandes, ele tratou de me deixar a vontade e me perguntou pelo futebol cearense, pelos colegas Paulino Rocha e Gomes Farias. Foi essa a única vez em que estive na sua presença e sei que jamais vou esquecer. Armando escrevia com arte e esse faroleiro velho de guerra, sempre entendeu o jornalismo como uma arte. Apesar de ter vivido seus maiores momentos na televisão, Armando, como esse faroleiro, era louco por rádio. Escreveu uma vez que o rádio deve ser ouvido de olhos fechados para se ver melhor. Alguma coisa assim, acho. De repente me remeto aos longínquos anos 60, quando ainda marinheiro, assistia nas noites de domingo, após o futebol, na extinta TV Rio, canal 13, o programa Mesa Redonda Faciliti,comandado pelo Armando Nogueira e contando com convidados como o tricolor Nelsom Rodrigues e o vascaino, Sérgio Cabral, o pai, dentre outros. Ao "mestre" o meu carinho e o meu respeito: descance em paz Armando, um dia voltamos a nos encontrar.

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